O contrato de casamento de Napoleão Bonaparte e Josefina vai ser leiloado, em
Paris, no próximo dia 21 de setembro.
O documento, assinado a 8 de março de 1796, apresenta caraterísticas muito curiosas para a época, para além de selar o compromisso entre dois dos amantes mais marcantes e mais famosos da História da Humanidade:
“Este contrato integra-se no amor deles, na união deles, na união de pessoas que foram das mais famosas do mundo. Nos Estados Unidos, na China, no Japão as pessoas falam da imperatriz Josefina e de Napoleão. Este contrato tem a ver com o amor deles. É um documento administrativo, mas é mais do que isso, é um contrato político e um contrato de amor”.
Os amantes viram-se obrigados a mentir sobre a respetiva idade. Josefina tinha mais seis anos que Napoleão, o que na época não era autorizado.
Por outro lado, Josefina, apesar de apixonada, manteve-se racional e acautelou uma parte dos seus bens, não tendo declarado tudo o que possuía. A História viria a dar-lhe razão. O casamento foi anulado ao fim de dez anos, por falta de herdeiros.
A leiloeira Osenat não divulgou o preço de base de licitação do contrato, mas estima que o documento possa atingir os 80 a 100 mil euros.
Tendo em conta as paixões sucitadas pelo romance do casal imperial, o valor da venda pode ser muito mais elevado. A aliança deste casamento foi arrebatada, em março de 2013, por 900 mil euros, quando o valor estimado pela leiloeira não ultrapassava os 10 a 15 mil euros.