"Aceita que dói menos"
Tem horas na vida em que insistir é só uma forma bonita de se machucar. A gente tenta, explica, mostra, prova... mas o outro simplesmente não vê. E tudo que nos resta é aceitar. Não por fraqueza, mas por amor-próprio. Porque insistir em quem não quer ficar é como regar flor de plástico — nunca vai florescer.
Que por mais que o sentimento fosse real, ele não era recíproco. Que às vezes, a gente ama sozinho... mas acorda só. E isso, por mais doloroso que seja, também é liberdade. Liberdade de parar de correr atrás de quem nunca parou pra te esperar.
Aceita que dói menos. Dói sim, é verdade. Mas dói uma vez só. Melhor do que viver se machucando um pouco todo dia com migalhas de atenção, com silêncios que gritam desprezo, com mensagens que nunca chegam. É preciso coragem pra soltar a corda, pra deixar ir o que já foi, pra seguir em frente mesmo com o coração apertado.
Mas é nessa aceitação que mora o recomeço. É nela que a gente se reencontra, se cuida, se entende. E então, com o tempo, a dor vira memória, a saudade vira aprendizado, e o amor... esse a gente aprende a direcionar primeiro pra dentro.
Aceitar não é desistir. É se libertar. É olhar pra frente e confiar que o que passou, por mais bonito que tenha sido, não define o que ainda está por vir.
E sim... dói. Mas passa.
